“O FENO E O CHICOTE ESTÃO SEMPRE PRESENTES COMO POTENTES MOTIVADORES, MAS SE VOCÊ TRATAR AS PESSOAS COMO ASNOS, ELAS AGIRÃO COMO TAL.”
John Whitmore – Coach
É certo que todos os líderes desejam descobrir o segredo da motivação, um tema largamente explorado em cursos e palestras. Sabemos que a motivação em si, vive dentro da mente de cada um, então como motivar alguém estando do lado de fora?
MOTIVADORES EXTERNOS
Uma solução muito comum é a utilização de motivadores externos como, por exemplo, o dinheiro, contudo este motivadores estão cada vez menos eficazes.
Um recente estudo da Robert Half apontou que 40% dos profissionais dizem que a possibilidade de crescimento é o fator mais importante na escolha de uma vaga, salário e pacote de benefícios apareceram em seguida.
Que o dinheiro motiva não se tem dúvidas, mas as pressões por redução de custos tem limitado cada vez mais este recurso, somada a busca por desempenho cada vez mais satisfatório e as grandes pressões nos ambientes de trabalho, o salário realmente já não é a coisa mais importante.
Ambientes agressivos e lideranças autoritárias tendem a desmotivar as pessoas e nessa condição elas não atingem seu potencial máximo.
Sem poder pagar altos salários e nem saber oferecer outros motivadores, os líderes se veem em um beco sem saída.
Hoje, os motivadores externos primordiais são a oportunidade de crescimento, a qualidade de vida no ambiente de trabalho e a remuneração compatível aos méritos, pois suprem as necessidades das pessoas, mas quando os dois primeiros não existem, o salário ganha um peso enorme, pois é a única coisa que mantem a pessoa naquele trabalho, então a negociação vira uma guerra e o turnover aumenta gerando grandes prejuízos as organizações.
MOTIVADORES INTERNOS
Pessoas se engajam em atividades que as ajudam a atingir seus objetivos, o trabalho em um primeiro momento, supre necessidades básicas como alimentação, moradia, compra de bens materiais, etc., mas uma vez que estas necessidades são atingidas, mesmo que parcialmente, outras com certeza aparecerão, tais como reconhecimento, pertencimento, autoestima, etc.
Portanto é de suma importância compreender as necessidades de cada indivíduo, bem como reconhecer em que fase de sua vida cada um se encontra.
Não adianta treinar um indivíduo para ser um líder e se tornar automotivado, se ele ainda se preocupa apenas com o salário que irá receber no final do mês.
A autoestima é premissa para a automotivação e não pode ser alcançada através de motivadores como privilégios e salário, pois não pertence a este nível de necessidades humanas, nem tão pouco, podem ser discutidas sem que antes as necessidades básicas tenham sido supridas.
Os sentimentos de ser capaz de fazer e de pertencer, bem como o reconhecimento, são sim capazes de aumentar a autoestima e são todos motivadores internos.
– Mas como entender os motivadores internos de cada pessoa?
Para isso é preciso analisar as pessoas em um espectro mais amplo, para entender os vários fatores que definem sua personalidade e seus motivadores internos.
O processo de Coaching com certeza pode ajudar, pois ele traça um perfil comportamental que auxilia a reflexão, traz consciência e responsabilidade, bem como luz sobre temas importantes como: mérito, recompensa, confiança, sinceridade, respeito, reconhecimento, relacionamentos, liberdade e sucesso, que são as chaves para desenvolver o trabalho em equipe e um ambiente saudável de trabalho, que propiciam autoestima e consequentemente a automotivação.
Ele auxilia as pessoas a entenderem seus valores e motivadores, combustíveis fundamentais para a motivação, bem como fatores importantes a serem conhecidos para evitar conflitos e aumentar o entendimento de como as pessoas enxergam o mundo e como gostam de ser recompensadas.
E também, poe clareza sobre as competências pessoais necessárias ao bom desempenho de cada atividade, aumentado o foco nos pontos fortes e os de melhoria, melhorando a visão de si, das tarefas e do mundo, focando no presente, com base no passado e com os olhos para o futuro.
Não podemos esquecer de mencionar a Inteligência Emocional-social, que também é avaliada em um processo de Coaching, pois ela é a base para o bom desempenho profissional e pessoal das pessoas, pois sem ela as pessoas não compreendem suas emoções e se tornam inaptas a interagir e entender as outras pessoas.
A combinação de todas estas informações aumentarão de forma exponencial o autoconhecimento do indivíduo e consequentemente sua autoconsciência, além de proporcionar clareza a respeito dos seu motivadores internos.
CONCLUSÃO
Pessoas conscientes e automotivadas são responsáveis pelo próprio sucesso e consequentemente pelo sucesso da organização para as quais trabalham, contudo são profissionais mais capacitados e exigentes, que demandam uma maior atenção no seu recrutamento, desenvolvimento e retenção nas organizações.
Como reflexo desta tendência, as empresas modernas passaram a buscar assertividade e estabilidade através de uma parceria mais estratégica com todas as áreas, neste caso, principalmente com o RH, para a elaboração de um planejamentos estratégicos mais abrangentes, que não somente envolvam as necessidades dos investidores, mas também dos funcionários e dos clientes, bem com, a busca pela ética, pelos bons valores, a preservação do meio ambiente e o bem estar da comunidade, resultando em um sucesso duradouro.
Roberta Araujo
Psicóloga e Master Coach